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terça-feira, 25 de junho de 2013

Ligar-se a Deus.


“... A forma não é nada, o pensamento é tudo. Orai, cada um, segundo as vossas convicções e o modo que mais vos toca; um bom pensamento vale mais que numerosas palavras estranhas ao coração...”


No passado buscávamos Deus entre os holocaustos, oferendas, incensos, cultos e cantos.
Era necessária uma repre­sentação semimaterial, apropriada ao nosso estado de adiantamento e à nossa capacidade de entendimento espiritual. Desde os velhos tempos do monoteísmo do grande Amenhotep 4º ou Akhnaton e o do iluminado Moisés até as numerosas e antigas religiões politeístas, como a dos hindus, egípcios, babilônios, germanos, gregos e romanos, a criatura humana atravessou uma longa fase de ama­durecimento espiritual.
Atualmente, as nossas relações com a Divindade têm caráter introspectivo. Se antes a nossa busca se concretizava na exterio­ridade das coisas, hoje, porém, a fazemos em “espírito e em verda­de”, (1) ou seja, na essência - imo de nós mesmos.
A introspecção - processo pelo qual prestamos atenção a nos­sos próprios estados e atividades internas - conduz as criaturas a se identificar com a maior de todas as fontes de poder do Universo:
Deus - manifestação onipresente em todas as suas criações.
Voltar-se para dentro de si mesmo talvez não seja uma atitu­de constante, espontânea e natural na maioria dos seres humanos, por possuírem o hábito de ocupar mais seus sentidos com as impres­sões externas do que com as realidades interiores das coisas.
Muitos indivíduos vivem dentro de um círculo vicioso, na ân­sia desmedida de estímulos aparentes, mantendo-se constantemente ocupados com as impressões de fora e nutrindo-se energeticamente só desses estímulos físicos. Contudo, não podemos ignorar ou des­valorizar as fases evolutivas do homem, pois viver para fora é ainda uma necessidade existencial de muitos na atualidade; e é dessa for­ma que farão pontes ou conexões entre o mundo interno e o exter­no, entendendo gradativamente que a vida exterior é um reflexo da vida interior.
A busca às fontes de crescimento e renovação espiritual ini­cia-se vivendo para fora, e aos poucos tomando consciência da vida em si mesmo; portanto, tudo está perfeito na criação universal
- viver exteriormente não exclui viver interiormente. São etapas in­terligadas de um longo processo de aprendizagem evolucional.
Perceber, no entanto, a verdadeira realidade do mundo que nos rodeia é fator imprescindível para vivermos bem na intimidade de nós mesmos.
Nossa vida mais lúcida, mais Íntegra, mais prazerosa, mais criativa e indissolúvel se desenvolve dentro de nós mesmos, nas atividades recônditas dos pensamentos, dos sentimentos, da imagi­nação produtiva e da consciência profunda.
Interiorizar-nos na oração, vivendo cada vez mais a pleni­tude da vida por dentro, faculta-nos observar o que somos, quem somos e o que realmente está acontecendo em nossas vidas. Faci­lita também nossa percepção entre o “real” e o “imaginário”, dimi­nuindo as possibilidades de iludir-nos ou fantasiarmos fatos e ocorrências.
“Não sabeis que sois um templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (2)
Tomar contato com “Deus em nós” possibilita trazer à nossa visão atual uma translúcida consciência, que nos permite reavaliá-la convenientemente. Faculta igualmente localizar os enganos e reformular percepçÕes, para que possamos identificar a realidade tal qual é, pois viver ignorando o significado de nossos atos e im­pulsos é desvalorizar o nosso processo evolutivo, passando pela vida na inconsciência.
Cultivar o reino espiritual em nós facilita-nos escutar a ver­dade que Deus reservou para cada uma de suas criaturas. Também no cultivo desse reino aprendemos que a felicidade não é determi­nada por eventos ou forças externas, mas no silêncio da alma, onde a inspiração divina vibra intensamente.
Paulo de Tarso escreve aos Efésios: “... Que Ele ilumine os olhos dos vossos corações, para saberdes qual é a esperança que o Seu chamado encerra...” (3)
Buscar a Deus com os “olhos do coração”- na expressão paulina - é reconhecer que somente olhando para dentro de nós mesmos, descobrindo o que Deus escreveu em todos os cora­ções, é que conseguiremos alcançar a plenitude da vida abundan­te. E entregarmo-nos a partir daí a Sua Orientação e Sabedoria, sem restringir-nos a “resultados esperados”. Essa a forma mais consciente de orar.
O mais alto sistema de intercâmbio com a Vida em nós e fora de nós é a oração - escutar a Deus no âmago da própria alma.


(1) João 4:23.
(2) 1º Coríntios 3:16.
(3) Efésios 1:18.


RENOVANDO ATITUDES
FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO
DITADO PELO ESPÍRITO HAMMED


fonte: http://conscienciaevida.blogspot.com.br/

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